MONASTERIUM KM 234 – EXPOSIÇÃO GRATUITA ABRE AS PORTAS DO MOSTEIRO DE LEÇA DO BALIO
Pela primeira vez na sua história centenária, o Mosteiro de Leça do Balio abriu as portas em maio deste ano. Fê-lo, concebendo e apresentando esta exposição, que, tendo acesso gratuito, deu a conhecer a importância e a ligação deste espaço com toda a temática relativa a Santiago de Compostela.
A maquete do “templo” desenhado por Siza Vieira, foi uma das peças da exposição Monasterium km 234, que inaugurou no sábado dia 19 de maio de 2018. A este lugar, que “é um convite à introspeção, de grande espiritualidade, ecuménico para todas as religiões”, explica Joel Cleto, o curador, juntam-se 55 imagens artísticas, muitas narrativas e algumas obras de arte. “É a história e as histórias que ao longo dos anos fizeram os Caminhos de Santiago”, reforça.
Nesta exposição, cujo nome indica a distância entre o mosteiro e Santiago de Compostela, “devolve-se” o histórico monumento à comunidade. O grupo Lionesa, atual proprietário e responsável por todo o projeto, pretende ainda dar uma nova vida, e outra centralidade, a este cenário. Desde logo, Pedro Pinto, administrador da empresa, realça a ligação aos Caminhos de Santiago, uma marca a implementar neste investimento, que ronda os 10 milhões euros. Para além da Monasterium 234 km, que o público pode visitar de forma gratuita e com visitas guiadas, o projeto inclui a construção da obra de Siza Vieira inspirada no Mosteiro de Leça do Balio e nos Caminhos de Santiago, que deverá estar concluída em 2020. Ao lado, junto ao jardim do mosteiro, num terreno anexo, com uma área de 3,8 hectares, será feita uma intervenção paisagística, com assinatura de Sidónio Pardal. Nesta que é a primeira colaboração entre os dois arquitetos, o paisagista irá ampliar os jardins, ligando o complexo da Lionesa ao mosteiro, para formar um todo, naquilo que diz ser um “gesto visionário”. O jardim, como o próprio arquiteto explicou, terá 14 estadias singulares, dentro de uma linguagem granítica, com lugares de pausa para vigília, espera, encontro e contemplação. Dentro de dois ou três anos o lugar já terá atingido “uma maturidade muito interessante”, rematou o arquiteto. E, finalmente, o Mosteiro de Leça .